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Entre os dias 15 e 18 de junho de 2020, o programa de Políticas Educacionais junto com seus parceiros da Procuradoria Federal dos Direitos dos Cidadãos (PFDC), da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) e da Escola de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação (EAPE), realizaram uma formação online para 35 professores/as de Brasília no âmbito do projeto Cidadania e Democracia desde a Escola._ Com o desejo de dar continuidade aos planos do projeto e considerando a importância que este vem ganhando cada vez mais no atual contexto, o Instituto Auschwitz e seus parceiros decidiram realizar a formação de professores/as de Brasília pela primeira vez na história do programa em formato de videoconferência, respeitando as medidas de distanciamento social impostas para evitar a propagação do Coronavírus.
Com duração de 16 horas letivas distribuídas durante 4 dias, a formação foi composta por palestras com especialistas e atividades, buscando familiarizar os/as professores/as com os objetivos do projeto e formá-los nas temáticas pertinentes a ele, além, claro, de formar uma comunidade de professores/as que têm interesse de levar o projeto aos seus/suas estudantes. No primeiro dia da formação, o programa de Políticas Educacionais realizou uma atividade de boas vindas para receber todas/as os/as participantes. Após as apresentações, os/as professores/as foram introduzidos ao Instituto Auschwitz, ao programa de Políticas Educacionais, e aos objetivos e metodologia do projeto Cidadania e Democracia desde a Escola. Dando continuidade o à formação, e seguindo a metodologia e os eixos temáticos do projeto, o segundo dia teve início com uma palestra da diretora do programa, a Dr. Clara Ramírez-Barat, sobre _Identidade e diversidade_, discutindo o conceito de identidade e o valor da diversidade para uma construção uma sociedade democrática e que previne genocídio.
Logo após, a turma foi dividida em dois grupos para realizarem uma das atividades proposta no caderno pedagógico metodológico adaptada para o formato online. Guiada pela Amanda Petraglia do Instituto Auschwitz, Janaina Soares Galo, consultora que ajudou a desenvolver a metodologia do projeto, e Tatiane Guerra da PFDC, a atividade discutiu o conceito de estereótipos e discriminação, criando um momento de participação direta e diálogo entre todos/as os/as participantes. A segunda parte da programação do dia contou com a palestra _Dignidade da pessoa humana e direitos humanos: fundamentos históricos e filosóficos_, ministrada pelo Dr. Walter Claudius Rothenburg do Ministério Público Federal e também alumnus do Seminário Raphael Lemkin do Instituto Auschwitz. Por fim, o dia se encerrou com a palestra _os direitos humanos no Curriculum em movimento do Distrito Federal,_ realizada pela Ana Paula Rodrigues da Secretaria Estadual de Educação do Distrito Federal. No terceiro os participantes puderam assistir a palestra _Democracia, participação e Online Training for Educators in Brasilia cidadania_ com o professor Thiago Trindade da Universidade de Brasília. A segunda parte da sessão deste terceiro dia contou com um breve relato de experiência do professor Ricardo Andrade, que realizou o projeto na escola Gisno em Brasília no ano de 2019, e uma de suas estudantes, Yara Guedes. O último momento do dia contou com uma fala da Maria Eduarda Gonçalves, advogada, deficiente física e ativista na luta pela inclusão de pessoas com deficiência na sociedade. O relato de experiência de Maria Eduarda trouxe luz para a importância de uma educação inclusiva. O dia final começou com uma palestra com o professor Claviano Sousa da Universidade Federal da Paraíba. Claviano ministrou uma palestra sobre _Educomunicação e o papel das mídias nas democracias_.
O último momento do dia foi utilizado para discutir com os/as professores/as sobre os próximos passos, o Instituto Auschwitz junto com a PFDC e a SEEDF iniciaram um diálogo de como dar continuidade à formação e ao desenvolvimento do projeto ainda em tempos de COVID-19. Na avaliação geral respondida pelos/as participantes, verificou-se que os objetivos da formação foram alcançados de forma satisfatória. Nos próximos meses o Instituto e seus parceiros continuaram trabalhando para ajudar aos professores/as a levar os conteúdos da proposta na sala de aula. Para a Dr. Ramírez-Barat:
Foi um desafio fazer uma formação destas características em formato de videoconferência. Entretanto, também estamos muito preocupados em não parar as nossas atividades. Nesse momento que professores7as e estudantes estão afastados da escola, é muito importante trabalhar para garantir a continuidade do aprendizado. No final, ficamos muito felizes com os resultados e também temos aproveitado a situação para a experimentar e aprender como trabalhar em outros formatos, mais ainda neste momento.